segunda-feira, 6 de maio de 2013

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA



O município não atende esta demanda



A proposta da Educação Inclusiva tem sido a proposta norteadora e dominante na Educação Especial no Brasil nos últimos anos, despertando interesse de toda a sociedade por ser uma forma eficaz de inclusão social. A Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), a Constituição Federal (1988), o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), a Declaração de Salamanca (1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) garantem a educação como direito de todos de forma igualitária.
É lamentável comentar que diante das propostas, leis e investimentos existentes sobre Educação Especial e Inclusão, o enunciado; “garantem a educação como direito de todos de forma igualitária”, está bem distante da realidade do município de Itamari-Ba.  Aqui, não existe nenhum recurso para ser trabalhado com alunos especiais. O MEC enviou para o município alguns recursos, mas não sabemos o destino. Acessibilidade nas escolas é outro problema. Não existe!!!  Apenas uma escola possui “um sanitário” adaptado para cadeirante. Por tanto, o termo “garantia” não está garantindo nada por aqui. Se faz necessário fazer uma fiscalização intensiva ou até mesmo uma intervenção no município, para que todos possam usar seus direitos.
            Quando penso em Educação, penso em qualidade: professores bem remunerados e capacitados, alunos com direto a qualidade de ensino, informação e oportunidade de desenvolvimento de acordo com os talentos e sobretudo usufruir de seus direitos. Por isso estou alinhada com a Constituição e defendo a escola inclusiva: local onde as gerações possam se encontrarem, sem discriminação de qualquer natureza, com suas necessidades específicas de aprendizagem reconhecidas e atendidas, com amplos estímulos para desde cedo se articularem ética e politicamente para a construção de uma escola e de uma sociedade mais dignas do que aquelas recebidas, como herança, das gerações que as antecederam.
Márcia Sardinha

domingo, 5 de maio de 2013

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS


A ludicidade é tão importante para a saúde mental do ser humano que precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço do exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas, e com objetos.
                Nylse H. da Silva Cunha
                                                                                               Psicóloga

Alguns objetivos pedagógicos do jogo no contexto escolar

Ø  melhorar o controle segmentar,
Ø  aumentar a atenção e a concentração,
Ø  desenvolver antecipação e estratégia,
Ø  trabalhar a discriminação auditiva, visual, tátil...
Ø  ampliar o  raciocínio lógico,
Ø  desenvolver a criatividade,
Ø  desenvolver a afetividade
Ø  Construção de vínculos
Ø  trabalhar a ansiedade,
Ø  rever os limites,
Ø  reduzir a descrença na auto capacidade de realização,
Ø  diminuir a dependência,
Ø  desenvolver a autonomia,
Ø  aprimorar a coordenação motora,
Ø  desenvolver a organização espacial.





LEITURA E ESCRITA


Estes jogos destinam-se ao reconhecimento das letras, a composição das palavras em atividades de escrita e leitura, criação e contação de histórias.





Loto da leitura



Jogo da memória



MATERIAIS:

Caixas de fósforos vazias
Papel para desenho
Lápis de cor
Canetas coloridas
Faça um levantamento de palavras dissílabas que tenham significado se  
  trocarmos uma sílaba com a outra: Exemplo:

Mala e lama, maca e cama, toma e mato, late e tela, etc.
Cole cada sílaba destas palavras em cada parte da caixa de fósforo. Você poderá: Escrever frases, ditado mudo,realizar escrita e leitura.

Jogo da velha:

Este jogo é ideal para discriminar posição, estabelecer comparação, utilizar os planos vertical, horizontal, os eixos cartesianos e formular estratégias

Materiais:

• Papelão para o tabuleiro
• Eva;
• Tampinhas de garrafa Pet (colocar os adesivos);
• Adesivos ou desenhos de papel fantasia


CALENDÁRIO DE ROTINA

MATERIAIS:

Duas folhas de papel carmem, duplex, cartolina ou emborrachados,
   para fazer um painel
31 caixinhas de sabonetes ou de fósforos grandes
cola quente,velcro...







Como fazer:


Caixa pedagógica

Materiais: 

• uma caixa grande de papelão;
• EVA de várias cores;
• caixinhas de vários tamanhos forradas;
• potinhos decorados com fita adesiva colorida (iogurte e outros);

Procedimento:


Fazer cortes em duas laterais da caixa de maneira que as crianças possam colocar e retirar as mãos com facilidade, cubra a caixa com EVA, fazendo cortes de diferentes formas para que as crianças introduzam os elementos: cubos, bolas, potinhos, caixas. Com esse brinquedo as crianças podem explorar a caixa, introduzir objetos de acordo com o formato, buscar elementos e outras propostas outras propostas que surgirão deles mesmos.









ACERTE AS ARGOLAS



VAMOS BRINCAR DE ENCAIXAR FORMAS GEOMÉTRICAS?



LENDO PALAVRAS...





BINGO DE RÓTULOS


Encapar caixa de camisa com emborrachado...Plastificar...

MATERIAL:
cartolinas, encartes de supermercados, embalagens, rótulos, plástico ofício, tesoura e cola. Tampa de garrafa pet para marcar.




Antes de jogar bingo com os alunos, trabalhar com os rótulos, anexando-os em cartazes, lendo, falando sobre as letras, o produto, o que gostam ou não, estimular a oralidade...




MÍDIAS...CD,DVD....
SEQUÊNCIA LÓGICA, MEMÓRIA...



CAÇA AO TESOURO





PERCEPÇÃO VISUAL, PERCEPÇÃO TÁTIL, QUANTIDADE, ASSOCIAÇÃO DE CORES, FORMAÇÃO DE GRUPOS, ESQUEMA CORPORAL, OPERAÇÕES, ETC...




LÓGICO MATEMÁTICO


Estes materiais facilitam o desenvolvimento da compreensão de diferentes quantidades e suas representações numéricas, o reconhecimento de formas geométricas, favorecendo o uso do raciocínio lógico, do conceito de equivalência e exercitando a coordenação motora nas atividades de encaixe.





BOLICHE DE GARRAFA




JOGO DA MEMÓRIA


Auxilia o desenvolvimento da memória visual permite trabalhar com a atenção concentrada. Quando o jogo é realizado em grupo, pode-se trabalhar com regras sociais.

JOGO DA MEMÓRIA COM SUCATA E MINIATURAS




PERCEPÇÃO TÁTIL










sexta-feira, 26 de abril de 2013




Ótima iniciativa da Banda Mente Sã, que leva letras de paz e de amor e também de esperança.
A ideia do clipe ” muito bem produzido” – mostra a vida de um rapaz que usa a moto como meio de transporte para o seu trabalho e que por um acidente fica impossibilitado de trabalhar, passando assim a se locomover somente pela sua cadeira de rodas. Esse rapaz cadeirante conhece o projeto adapt surf e se envolve e continua vivendo o melhor da sua vida.
O Adapt Surf é um projeto que tem o objetivo de promover a inclusão e integração social das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida através do esporte e lazer, aproveitando a praia como ambiente e o surf adaptado como instrumento - Adapt Surf
Conheça um pouco mais desse projeto no site deles.
Abaixo algumas fotos e o vídeo da Banda Mente Sã:





Pratyko - Mão na Roda
Produto e Tecnologia
Primeiro veículo nacional construído para Portadores de Necessidades Especiais e pessoas com mobilidade reduzida.
Esse é o Pratyko, e é assim que ele tem sido apresentado, realmente um belo projeto, que merece toda atenção das empresas automobilística. Em termos de Design ele é bem simples, porém sua funcionalidade é ótima e não deixa nada a desejar. Por exemplo: freio e acelerador são nas mãos e a porta é ativada por controle remoto, quando aberta possui um elevador que aguenta um pouco mais de 200kg.
Ótimo projeto e bela iniciativa, criado por um conjunto de amigos, sendo que nenhum deles é mecânico.
Nesse vídeo temos a demonstração de como funciona esse carro:





Como podemos ver é impressionante o que eles conseguiram fazer. Com boa vontade e um objetivo conseguiram fazer um belo trabalho.
A funcionalidade e a importância desse trabalho deve ser destacada, pois ainda vivemos em uma sociedade, aonde os deficiente não possuem a atenção suficiente.
Visite o site e conheça o Projeto Pratiko.

Tecnologia assistiva contribui para a 


inclusão de alunos com deficiência


Salas multifuncionais nas escolas e núcleos de acessibilidade nas universidades fornecem material para quem tem necessidades especiais.

Professora Ana Claudia Siluk (Foto: Divulgação)Professora Ana Claudia Siluk (Foto: Divulgação)
O avanço da tecnologia contribui cada vez mais para a inclusão dos alunos com deficiência. Softwares, equipamentos de comunicação alternativa, materiais protéticos e diversos outros itens ampliam a habilidade funcional dos jovens, tornando-se ferramentas úteis para a independência e o aprendizado. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a educação especial no país tem 752.305 matrículas, somando os estudantes em escolas regulares e especiais. Já nas universidades, os estudantes com deficiência eram 2.173 no ano 2000, e passaram a ser 20.287 em 2010. O momento é propício para o desenvolvimento de ‘aliados’ para essa turma, diz Ana Claudia Siluk, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Tecnologias Educacionais em Rede da Universidade de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, instituição pioneira em educação especial.

“Vivemos um momento no qual as pessoas com deficiência sabem que têm direitos, e as escolas e universidades precisam estar preparadas para receber e atender os alunos especiais. Por lei, eles têm acesso garantido à educação especial, mas, quando o aluno cego chega à universidade,  precisa de material adequado, e quem atende essa demanda são os núcleos de acessibilidade das instituições. Desde 2008, as universidades são obrigadas a ter um núcleo de acessibilidade, como o que temos na UFSM. Os professores com alunos especiais preparam o material das aulas e passam para o núcleo, que usa os recursos tecnológicos para tornar as aulas acessíveis para os estudantes”, explica Ana Claudia, que também é coordenadora do Curso de Formação de Professores para o Atendimento Educacional Especializado e vice-coordenadora do Curso de Graduação em Educação Especial.

De acordo com a professora, a área de tecnologia assistiva, como é chamada aquela que proporciona maior autonomia para as pessoas com deficiência, está crescendo, já existemsoftwares, por exemplo, que permitem aos tretraplégicos operar o computador usando comando de voz.  Para pessoas com baixa visão e cegas há os leitores e ampliadores de tela, além dos digitalizadores de texto, que transformam palavras escritas em sons.

“A maioria dos softwares é livre, ou seja, qualquer um pode baixar e usar. Em parceria com universidades, o Ministério da Educação (MEC) investe no desenvolvimento de tecnologias como o Mecdaisy, um aplicativo que faz narração em áudio ou adaptação de caracteres ampliados, além de oferecer opção de impressão em braile. Tecnologia existe, mas ainda esbarramos em dificuldades, porque os alunos precisam pelo menos de um computador. O governo disponibiliza recursos para implantação de salas multifuncionais para deficientes, mas não adianta ter o material na escola e não poder levar para casa. No Ensino Superior, os alunos têm direito de levar o computador para casa, a ideia é que isso aconteça também na Educação Básica. Se não fosse a tecnologia, muitos alunos que conhecemos não estariam estudando. Não basta incluir, tem que dar acesso e possibilidade de permanência para os estudantes deficientes”, completa.

A comunicação entre os indivíduos está presente em todos os momentos da vida, sendo essencial ao seu desenvolvimento. Contudo, apesar de a linguagem oral ser o meio de comunicação mais utilizado, há pessoas que, devido a fatores neurológicos, físicos, emocionais e cognitivos, se mostram incapazes de se comunicar através da fala.
Tecnologia Assistiva (TA)
Uma forma de resolver com criatividade os problemas funcionais de pessoas com deficiência usando diferentes alternativas para realizar as atividades do cotidiano é através da Tecnologia Assistiva (TA). A TA é uma área do conhecimento que se propõe a promover ou ampliar habilidades em pessoas com privações funcionais, em decorrência de deficiência ou envelhecimento. Recursos que favorecem a comunicação, a adequação postural e mobilidade, o acesso independente ao computador, escrita alternativa, acesso diferenciado ao texto, recursos para cegos, para surdos, órteses e próteses, projetos arquitetônicos para acessibilidade, adaptação de veículos automotores, recursos variados que promovem independência em atividades de vida diária como alimentação, vestuário e higiene, mobiliário e material escolar modificado, são exemplos e modalidades da Tecnologia Assistiva (Bersch, 2005).
Comunicação Alternativa (CA)
Uma forma de garantir a acessibilidade comunicativa a essa população consiste no emprego dos recursos de comunicação alternativa. A Comunicação Alternativa - CA é uma das áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Busca então, através da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios desta metodologia, construir e ampliar sua via de expressão.
A comunicação é considerada ampliada quando o indivíduo possui comunicação insuficiente através da fala e /ou escrita (por exemplo, há fala inteligível apenas no núcleo familiar) e, considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação. Um Sistema de Comunicação Alternativa – SCA, refere-se ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação inexistentes.
Os Sistemas de Comunicação Alternativa (SCA) podem ser divididos em recursos de baixa (cartões, pranchas,pastas e outros) e de alta tecnologia (pranchas vocálicas, sistemas computadorizados com síntese de voz e outros) (Nunes, 2003).


Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de idéias), letras ou palavras escritas são utilizados pelo usuário da CA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A literatura tem indicado um conjuntos e/ou sistemas de símbolos que permitem a comunicação interpessoal dos individuos não falantes, como o Sistema de Símbolos Bliss, o Pictogram Ideogram Communication System - PIC e o Picture Communication Symbols - PCS . Tais sistemas encontram-se, em geral, disponibilizados sob a forma de cadernos ou pranchas acopladas ou não à cadeira de rodas e muitos deles se apresentam em versões computadorizadas.


A alta tecnologia permite também a utilização de vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou do computador, com softwares específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Desta forma, o aluno com deficiência passa de uma situação de passividade para outra, a de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento (Bersch e Schirmer, 2005).